domingo, 18 de dezembro de 2011

Corpo humano com proteína suína


Pela primeira vez, cientistas descobriram como recuperar grandes segmentos de músculos esqueléticos humanos, fazendo o corpo aceitar uma matriz biológica de proteínas de porco. Se for bem-sucedida, essa regeneração celular promete uma vida nova a veteranos de guerra e outras vítimas de traumas que perderam mais de 25 por cento de um membro e/ou enfrentaram uma amputação.
O otimismo dos pesquisadores se baseia em uma pesquisa clínica de 20 anos, testes com animais e uma única “cobaia humana”, um fuzileiro naval cujas pernas foram amputadas há sete anos, no Iraque, mas que após uma cirurgia, consegue jogar softball e correr.
 “Isso oferece a possibilidade de criar novos tecidos funcionais”, disse Stephen Badylak, diretor-adjunto do Centro McGowan de Medicina Regenerativa da Universidade do Centro Médico de Pittsburgh, o primeiro a aplicar o tratamento em um ser humano.
Badylak explicou que a técnica regenerativa usa proteínas retiradas dos intestinos do porco, que são inseridas no tecido humano danificado. As proteínas atraem as células-tronco humanas, que migram para o membro e começam a criar células ósseas e tecidos compatíveis.
Como a técnica regenerativa usa material “decelularizado” ao redor das células, Badylak afirma que a técnica é capaz de evitar conflitos com o sistema imunológico humano, que normalmente atacaria materiais biológicos identificados como sendo de outras espécies.
A equipe de Badylak agora analisa pacientes de um teste clínico patrocinado pelo Pentágono, que ocorrerá no Pittsburgh e mais quatro centros médicos do país, com 80 participantes. Um outro estudo, também conduzido pelo Centro Médico de Pittsburgh, tentará regenerar tecido ósseo em pacientes com lesões na cabeça, segundo um porta-voz da universidade, usando um “cimento ósseo” especial.
A novidade aqui é a possibilidade de regenerar músculos e ossos, algo jamais feito em pacientes humanos. Badylak e outros pesquisadores estão otimistas com os resultados dos testes bem-sucedidos em animais, mas precisam testar como a técnica funcionará em pacientes que perderam pelo menos 25 por cento do tecido muscular em uma perna ou braço. Outros especialistas na área dizem que ainda é cedo para comemorar, mas concordam que os experimentos são promissores.
“Sabemos que essa técnica funciona com tecido mole”, afirmou Anthony Atala, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest e membro do conselho consultivo científico da Acell, uma empresa com sede em Pittsburgh que fabrica a matriz de proteínas de porco. “A questão é se também será capaz de regenerar tecidos ósseos. Com todas essas tecnologias, temos que pensar em longo prazo e avaliar a funcionalidade dos pacientes”, pondera Atala.
Um paciente que já está feliz com os resultados é um fuzileiro naval de 25 anos, Isaias Hernandez, de San Antonio, Texas. Enquanto servia na perigosa província iraquiana de Al-Anbar, em 2004, Hernandez estava carregando uma televisão até seu caminhão quando um morteiro explodiu. Estilhaços da explosão mataram um homem ao seu lado e cortaram as pernas de Hernandez. A TV de 12 polegadas protegeu a parte superior de seu corpo e provavelmente salvou sua vida.
Hernandez ficou gravemente ferido e perdeu mais de um quarto da coxa direita. Ele passou por mais de 50 cirurgias para reparar o tecido, remover infecções e inserir ou ajustar os pinos em sua perna. Em 2008, Hernandez se ofereceu como voluntário para ser a primeira cobaia humana da nova terapia de regeneração de tecidos de Badylak.
“Eles fizeram um pequeno corte na minha coxa, onde inseriram o material”, disse Hernandez ao Discovery Notícias. “Era como sangue em um envelope.”
Esse envelope era uma matriz celular retirada do intestino de um porco, que cresceu e formou músculo esquelético humano, segundo Badylak. Hernandez é o único paciente humano até agora.
“Sinto-me muito bem. Perdi peso e estou praticando esportes”, disse Hernandez.
Hernandez está de licença médica enquanto aguarda uma segunda cirurgia em Pittsburgh. Ele diz que está tentando entrar em forma para voltar à ativa na Marinha.

Fonte:Discovery Brasil

sábado, 10 de dezembro de 2011

Preços no mercado de carne bovina sem osso têm alta de 1,5%





O mercado atacadista de carne bovina sem osso terminou a última semana firme e resistiu à pressão baixa do mercado.
Apesar das recentes quedas ocorridas nos preços da carne com osso, na média geral os cortes (carne sem
osso) ficaram 1,5% mais caros, comparados à semana anterior.
Este cenário é sustentado pelas carnes de traseiro, que tiveram valorização média de 2%, enquanto os cortes
de dianteiro caíram 1,1%, em média.
Sazonalmente no final do ano existe maior demanda por cortes tipo grill.
Novos reajustes não estão descartados a partir desta semana, quando os varejistas se abastecerão,
aguardando o pagamento de salários e melhora nas vendas.
A proximidade das festas de final de ano, os décimos terceiros e as bonificações dão mais fôlego às vendas.
No varejo a alta tem sido repassada ao consumidor.
Embora em São Paulo e no Paraná os preços ao consumidor tenham ficado estáveis, no Rio de Janeiro e em
Minas Gerais houve alta de 1,5%.

Fonte: RuralBr com informações da Scot Consultoria. 28/11/11

Produção de leite terá incremento de 177% em MT


Muuuuuu
Produção leiteira crescerá 177% em Mato Grosso até 2014, se atingida a meta de governo de obter 5 milhões de litros de leite por dia. Para incrementar a produção diária atual de 1,8 milhão/l, foi debatido nesta quarta-feira (07) o projeto Balde Cheio, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Iniciativa coordenada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e executada
em parceria com as prefeituras municipais e a Embrapa São Carlos envolve 148 propriedades rurais do Estado, distribuídas em 24 municípios.

Para o próximo ano, a meta é incluir 30 municípios, expansão de 25%. Coordenador do Balde Cheio em Mato Grosso, Aureliano da Cunha Pinheiro, diz que quando o projeto foi implantado no Estado, em 2009, havia 18 municípios envolvidos. Do total de 188 mil pequenos produtores existentes no Estado, cerca de 60 mil têm na produção leiteira a principal fonte de renda. Atividade é considerada a melhor alternativa para as pequenas propriedades pela garantia de demanda aquecida durante o ano todo, explica Cunha.

Outro aspecto positivo é que o consumo de leite e derivados tem aumentado. De acordo com o engenheiro agrônomo da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira, o aumento da renda brasileira tem provocado um consumo anual de 90 litros de leite por habitante. Meta é alcançar 150 litros per capita ao ano.

Em Mato Grosso, existem atualmente cerca de 150 indústrias instaladas, entre laticínios e cooperativas, que operam com 39% da capacidade ociosa. Problema é que durante o período de entressafra, quando a produção de leite diminui, a ociosidade chega a 45%. A partir de janeiro de 2012, tanto a produção quanto o processamento do leite, devem passar por inspeção de qualidade, conforme regulamentado pela Normativa 51. Medida visa melhorar a qualidade dos produtos, que são destinados em sua maioria para a região Sudeste, em uma proporção de 70%. O restante é consumido no Estado, principalmente na forma de queijo mussarela, segundo o analista técnico da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Carlos Augusto Zanata, acrescentando que essa transformação agrega pouco valor ao leite.

Litro do leite tem sido vendido pelos produtores ao preço médio de R$ 0,68, valor 17% inferior à média nacional, de R$ 0,82/l. “A produção leiteira tem em Mato Grosso um grande potencial”. Para fomentar a atividade, está sendo criada no Estado a Associação de Produtores de Leite (Aproleite). Além disso, acrescenta Zanata, foi instituída na Federação a Comissão da Pecuária Leiteira.

Para o produtor de Chapada dos Guimarães, Antônio Divino, a principal dificuldade em manter a produção leiteira regular nas propriedades é a falta de assistência técnica. “Eu trabalhava como meu pai e meu avô e até duvidei quando recebi a visita dos técnicos do Balde Cheio”. Decidiu apostar no projeto, após negociar parte da propriedade. Mantém 14 vacas, sendo 10 leiteiras e tem obtido cerca de 280 litros de leite/mês. Para 2012, meta é dobrar a produção, com aquisição de mais animais.
  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Congresso mundial de avicultura prepara temário científico



O 24º Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) está preparando o temário científico do evento, que será promovido entre os dias 5 e 9 de agosto do próximo ano, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. Mais de 70 cientistas de todo o mundo participam do comitê responsável pela formatação do programa, que fará a abordagem de onze temas principais, dentro dos quais haverão tópicos relacionados.

Os assuntos foram distribuídos nas seguintes categorias: Tecnologias de nutrição e de rações; Saúde das aves e biosseguridade; Abate e Processamento; Outras Espécies de Aves e Sistemas de Produção; Segurança dos Alimentos; Economia e Marketing; Bem-estar de Aves e Ambiente; Produção Comercial e Processamento de Ovos; Produção de Matrizes Pesadas e Frangos; Genética e Reprodução; Avicultura Familiar, Educação e Extensão.

Além de palestras com profissionais renomados do mercado, haverão debates e apresentações dos trabalhos selecionados para representar os três grupos que integram o programa: Student Program (Para alunos de graduação e pós-graduação com até 30 anos de idade); Young Scientist (Para pesquisadores recém-formados com até 35 anos que tenham mestrado ou doutorado) e Scientist Program (Para pesquisadores que não se encaixam nos dois primeiros grupos).

O WPC 2012 é organizado e realizado pela WPSA Brasil com co-organização da Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA) e da União Brasileira de Avicultura (UBABEF). 



Fonte: Agronotícias

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Comércio de aves no final do ano deve crescer até 10%

Autor: Assessoria 



A pouco menos de um mês do Natal, os consumidores já começam os preparativos para a ceia. Sinal disso é o aquecimento no mercado avícola paranaense – o maior do país. Tradicionais na mesa de final de ano dos brasileiros, as vendas de perus e frangos especiais crescem nessa época e, de acordo com previsões do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), neste ano as vendas das chamadas aves de festa devem crescer de 8% a 10%, quando comparadas aos números de 2010.

Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, a chegada do 13° salário ao bolso dos brasileiros influencia diretamente na comercialização dos produtos natalinos. A maior procura pelas aves de festa se deve também à diferença no preço destas em relação às outras carnes que tradicionalmente fazem parte da ceia. “Investir na comercialização das aves natalinas é uma forma de disponibilizar para o consumidor o que ele procura nas prateleiras dos supermercados a um preço atrativo”, avalia.

Durante o mês de dezembro, a expectativa é que os perus e frangos especiais cheguem a responder sozinhos por até 10% das vendas de aves no Brasil, sendo o Paraná o estado responsável pela maior produção no país. Segundo Martins, a segmentação de produtos é uma das estratégias adotadas no setor avícola como forma de aumentar a abrangência comercial e este nicho de mercado representa uma oportunidade para empresas do setor de aumentar as vendas.

As aves de festa possuem características especiais em relação ao frango tradicional. Por ficarem mais tempo alojadas nas granjas, elas ganham mais peso e ficam maiores. Enquanto o frango convencional é abatido com 42 dias, pesando entre 2,2 e 2,4 quilos, a ave de festa pode ser abatida com até 54 dias e 3,8 quilos.


Fonte: Agronotícias

sábado, 26 de novembro de 2011

Suinocultura : Exportação De Suíno Depende Do Governo


Apesar da abertura do mercado chinês há seis meses, os três frigoríficos habilitados ainda aguardam a publicação de uma instrução normativa do Ministério da Agricultura (Mapa) para viabilizar os embarques de cortes suínos para aquele país. A Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC), já alojou 4.300 animais para o abate previsto para janeiro, mas o clima é de incertezas. Sem o aval do Mapa, as negociações não avançam. "Hoje, está tudo no escuro. Não sabemos o que e nem quanto vamos vender", afirma o diretor de Agropecuária da cooperativa, Marcos Zordan.

O cumprimento das exigências dos chineses, como alojamento, abate e armazenamento segregados, além da rastreabilidade, também tornam o processo oneroso. Com isso, o preço do quilo vivo para a indústria, de R$ 2,35, sobe quase 15%. A expectativa é que, após os primeiros embarques, o volume aumente, diluindo custo. "É um investimento, porque hoje não é um bom negócio." Otimista, o Marfrig, que possui planta autorizada em Itapiranga (SC), espera embarcar já no mês que vem. A outra planta liberada é da Brasil Foods, de Ouro Verde (GO). O secretário de Relações Institucionais do Mapa, Célio Porto, não foi localizado para falar sobre a morosidade.

De fora da primeira leva, os gaúchos mobilizam-se. Segundo o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, aposta numa missão oficial do Estado à China em 2012, pedido feito ao governador Tarso Genro. Inicialmente, 26 plantas do país apresentaram interesse em exportar para o país, sendo dez no RS. "Somos qualificados e temos condições de oferecer as garantias necessárias."

Ontem, contrariando as expectativas setoriais, a visita da presidente Dilma Rousseff não reverteu o embargo da África do Sul ao Brasil, em vigor desde 2005, após focos de aftosa no país. O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, lamentou.

Fonte: Agronotícias